“Havia um professor que tinha um filho de uns onze ou doze anos de idade que se machucava ou caía infalivelmente sempre que vestia uma determinada blusa de lã. Por isso, levando a referida blusa de lã a um vidente, pediu-lhe que a examinasse. Então, segundo as palavras do vidente, era o seguinte: “Nesta blusa estão impregnadas vibrações de rancor da pessoa que a tricotou e tais vibrações de rancor é que provocam os males”. Soube-se então que a pessoa que havia feito aquela blusa fora uma empregada doméstica da família Hirata e que estava morando em Osaka. Indagada a respeito, ela confessou o seguinte: ” Aquela blusa eu a tricotei em estado de bastante zanga, pois muitas vezes fui admoestada pela patroa e obrigada a me afobar”. Em suma, as vibrações de rancor estavam impregnadas naquela blusa e, apesar de a própria pessoa que se havia zangado já ter se esquecido daquilo, estavam provocando males diversos, independentemente da pessoa que as emitiu.
Como vimos, um objeto material, além do trabalho físico ou do trabalho químico próprio de pura matéria, possui uma misteriosa força salvadora (ou força que provoca infortúnio) que atua sobre nós através desse objeto. Se assim é, uma dose de remédios em pó ou uma medida de remédio em gotas mostrar-se-ão eficazes ou não, dependendo mais das vibrações mentais de amor da pessoa que os prepara do que da substância material do remédio em si.  Aos olhos carnais o remédio pode ser visto como remédio material, porém, se admitirmos que isso é um intermediário que traz consigo as vibrações de amor, ele manifestará uma grande eficácia, superior ao efeito químico do remédio. Ao contrário disso, até mesmo remédio indicado por um médico eminente, se o boticário preparou-o num estado de rancor, admoestado intensamente pelo diretor, não só será ineficaz como poderá causar até malefícios devido às vibrações de rancor.
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