Ter fé não é implorar

28 de maio de 2020

“O que Deus concedeu jamais pode ser modificado por artifícios humanos. Deus não pode ser subornado, e nunca dá mais a quem pediu mais em oração. Deus já nos concedeu infinitamente tudo de bom, com sabedoria e amor infinitos. Ainda que nossos olhos carnais não enxerguem essas “coisas boas” que já foram dadas, duvidar da sabedoria, do amor e da força de Deus, que é bem, é a máxima falta de fé. Ter fé é ter confiança absoluta na bondade, no amor, na sabedoria e na força de Deus. Não acreditar e achar que implorando a Deus, suplicando-O, adulando-O, poderá alterar, um pouco que seja, o plano de Deus a seu favor, é o cúmulo da descrença. Acreditando nEle ou não, a pessoa não conseguirá aumentar nem diminuir um mínimo sequer o amor de Deus. Deus é bem infinito, Por isso é um descrente quem diz a Deus: “Seja mais bondoso, seja mais gentil, seja mais misericordioso, não se esqueça de mim, que oro para você”.
Orar não é ficar constantemente advertindo Deus para que não se esqueça de você. É para você se lembrar de Deus, é para não esquecer de Deus-Pai. Orando ou não, o homem continua sendo filho de Deus.
Deus é amor sabe de tudo nos mínimos detalhes, e nos legou todos os tipos de felicidade. A nossa função é unicamente aceitar incondicionalmente o “inventário” elaborado por Deus. A oração consiste em reconhecer o “inventário” apresentado.
Precisamos conhecer melhor a Deus. É uma idéia errônea pensar que louvando ou adulando a Deus poderemos receber em retribuição o céu ou benefícios maiores que o merecido. Devemos conhecer melhor o nosso ser verdadeiro, que não é o aspecto visível do corpo carnal. É o ser que foi criado como filho de Deus perfeito. O mundo que habitamos já é o mundo verdadeiro que Deus criou e nas dádivas abundantes nele já contidas. A Vida, a sabedoria, o amor e a provisão infinitos. O essencial é reconhecer este fato inegável. A existência real que está em nosso interior é o ser verdadeiro.
Alguma vez você agradeceu sinceramente, vendo o seu ser verdadeiro? O fato de você não ter conseguido visualizar o seu eu verdadeiro infinitamente provido e ter orado a Deus, insistindo para Ele lhe dar mais, mostra a falta de gratidão à provisão verdadeira que já está dada ao ser verdadeiro. E isso constitui a atitude errônea de orar da maioria das pessoas. Ao orarmos, reconhecemos a provisão verdadeira e perfeita já concedida e simplesmente agradecemos “muito obrigado”. Essa gratidão difere daquela superficial em que se agradece somente à provisão já manifestada no mundo fenomênico, Agradecemos a provisão verdadeira a ser concretizada neste mundo.

…”

Referência bibliográfica
A Verdade da Vida, volume 6, pág 23

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