“Mesmo uma pessoa virtuosa, quando os membros da sua família estão com a mente cheia de rudeza e não desaparecem as dissensões entre eles, ela pondera que seria um ato de descortesia chamar a atenção desses familiares abertamente e guarda em seu peito palavras de admoestação. Em tais situações, a pessoa não pensa em adoecer propositadamente para a advertir a família, mas o seu sentimento, que foi recalcado e escondido no mundo inconsciente, faz com que apareçam no físico, em forma de doença, aquelas palavras de advertência, e assim, em silêncio, está advertindo a família.
Numa sutra budista se leem as seguintes palavras de Vimalakirti “Sofro porque sofrem os seres viventes”. Analogamente, há doenças cujo paciente poderia dizer: “Estou doente porque está doente a mente da minha família”. Observam-se casos em que o cabeça da família está doente e preso ao leito, numa atitude silenciosa advertência em relação à família toda. Se isto for percebido e cada membro da família fizer um exame de consciência e houver reconciliação mútua, a doença do marido ou do chefe de família se curará. Portanto, quando há elementos doentes na família, não há mal no fato de os demais membros correrem em busca do médico, porém ao mesmo tempo que isso, deve haver a reflexão para ver se não existem dissensões mentais recíprocas. Quando se procura resolver reciprocamente as dissensões mentais, a recuperação da doença se processa de modo satisfatório.
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