O reexame do “esforço”
“Diante de um gênio do esforço foi reexaminada a questão: “O esforço é necessário ao homem?”. O sr. X externou sua opinião, o esforço não é necessário, onde não há esse tipo de tensão chamada esforço é que existe o
“O complexo de inferioridade surge quando a pessoa não se conscientiza de que o homem é filho de Deus, perfeito e harmonioso. Ela pensa que é uma criatura imperfeita, um ser inferior, porque se deixa levar pela idéia equivocada de que o homem é existência material, quando na verdade é existência espiritual. Mesmo estando no paraíso, o homem se deixa iludir pela astúcia da serpente e come do fruto do conhecimento, ou seja, recorre aos expedientes da inteligência humana pensando que assim poderá concretizar um mundo mais agradável. Em outras palavras, sem se dar conta de que é filho de Deus, dotado de sabedoria divina, recorre a vários artifícios da mente humana pensando que assim poderá tornar-se mais inteligente. Entretanto, nada de bom pode ser criado pelos artifícios da mente humana dissociada de Deus.
O que foi dito não significa que a Seicho-No-Ie se confronta com a ciência, mesmo porque, quanto mais a ciência avança, mais se aproxima da constatação de que a “matéria não existe”m podendo haver experiências em que partículas elementares constituintes de matéria desaparecem de repente, e outras em que certas partículas elementares surgem subitamente do nada. Conforme afirmei anteriormente, o homem não é matéria, e sim existência espiritual. Mas muitos pensam que o homem é mero corpo material, e, sem se conscientizar da perfeição original julgam-se imperfeitos. Ocorre falta de sintonia entre a Imagem Verdadeira e a autoconsciência do homem fenomênico, e daí nasce o complexo de inferioridade.
Se o homem fosse originariamente imperfeito, não se importaria com sua imperfeição fenomênica. Um verme que vive no meio da imundice jamais pensaria “Sou uma criatura abjeta, que vive neste ambiente imundo, nadando nas águas fétidas”, pois viver desse modo é sua natureza original. O ser humano é originalmente perfeito e, por isso, surge o sentimento de inferioridade ao ver a imperfeição do seu aspecto fenomênico. Em outras palavras, o complexo de inferioridade ocorre quando o homem não consegue manifestar a sua perfeição original.
Quando uma pessoa que perdeu um braço ou uma perna se compara com os outros, dotados de quatro membros, não consegue deixar de sentir-se inferior. Isso porque ele sabe que o corpo humano é originalmente dotado de dois braços e duas pernas e reconhece que no seu corpo falta um dos membros. Se não tivesse consciência disso, não lhe surgiria complexo de inferioridade. Com esse exemplo, procurei mostrar que o surgimento do complexo de inferioridade no ser humano é uma prova de sua perfeição original. Se o aspecto natural do homem fosse o de ter apenas um braço e uma perna, todos estranhariam o aspecto de alguém dotado de dois braços e duas pernas. Torno a afirmar: o fato de o ser humano perceber a sua imperfeição e sentir complexo de inferioridade é prova de que a sua Imagem Verdadeira é perfeita.
…”
Referência bibliográfica
Abrindo o Canal da Provisão Infinita, volume 8, pág 37, Masaharu Taniguchi
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