Pare de se lamentar…

22 de maio de 2020

“Não se concretiza o amor daquele que se lastima.
Quem se lastima de má saúde não pode ser saudável, também aquele que lastima da não realização do amor não verá concretizar-se o seu amor. Os psicanalistas dizem que o ato de se lastimar é um desejo masoquista que se contenta impondo sofrimento a si próprio. Seja como for, porém, o ato de se lastimar é um hábito doentio, de mau gosto, que espera pela compaixão dos outros. Para concretizar o desejo de obter a comiseração dos outros, há a necessidade de se colocar realmente numa situação de infelicidade. Portanto, o objetivo da lamentação será satisfeito quando a pessoa descambar realmente numa situação de infelicidade. E o subconsciente da pessoa que se lastima, para satisfazer seu objetivo, isto é, para concretizar a infelicidade imaginada, trabalha ocultamente, usando sua mão mágica. 
No êxito ou no fracasso em negócios, as pessoas que estão sempre lamuriando e absorvidas em autocomiserações ou as pessoas que estão mendigando compadecimento dos outros, mesmo que estejam diante de uma grande oportunidade ou mesmo que estejam visitadas pela melhor chance, ora agem de modo a perder essa oportunidade, ora proferem palavras que fazem afastar aquela chance. Tais pessoas que se queixam da má sorte, mas por outro lado, para poderem se deleitar com a autocomiseração ou com o compadecimento dos outros, atraem propositadamente para si a “má sorte”, e com ela se deliciam. O homem para ser alvo da compaixão dos outros, precisa, de qualquer forma, colocar-se numa situação trágica. O desejo de ser condoído pelos outros e o desejo de ser alvo de tragédia são duas faces de uma mesma mente. Assim, sendo para que a pessoa possa fazer jus ao compadecimento dos outros será necessário que, inconscientemente, ela maltrate a si próprio e se atire a um estado de infelicidade ou de doença.
Por isso, a pessoa que deseja ser consolada pelo fracasso, no momento mais importante, toma atitude tais que ao desapontamento. Aquele que realmente quiser se isolar da má sorte ou do fracasso não deve lamuriar-se da má sorte, não deve se autocomiserar, nem procurar ser condoído pelos outros.
Deve visualizar corretamente a Imagem Verdadeira da Vida, que é a sua essência, e viver com profunda convicção de que o Eu verdadeiro é um ser que não necessita de compadecimentos, um ser que jamais poderá ser ferido por mais que alguém o tente, um ser completo e perfeito assim mesmo como é.

…”

Referência bibliográfica
A Verdade da Vida, volume 3, pág 189, Masaharu Taniguchi

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