“Dentro de minha alma existe uma luz que jamais se extingue. É a luz que vem de Deus. Sei que, mesmo mas horas mais profunda da treva, pessoa alguma perderá o rumo se prosseguir seu caminho guiada por essa luz.
Ela é a luz do Amor, a luz da Sabedoria, a luz da Vida! Ao resplandecer o Amor, eliminam-se todas as ilusões, e ao resplandecer a Sabedoria, desvanecem-se a fadiga, a senilidade, as doenças, a morte…
Quando aluz divina do Amor começa a brilhar dentro de mim, desaparece a barreira entre o “eu” e os “outros”. Então, todo e qualquer pensamento de disputa desaparece da minha mente, os sentimentos de cólera e ódio transformam-se em perdão, e finalmente torno-me capaz até de abençoar os que me ferem… Mantenho constantemente aberta a “janela de minha mente”, e eis que recebo, neste instante, a divina luz do amor. Com seu grande esplendor, ela ilumina toda a minha existência.
Quando a luz divina da Sabedoria começa a brilhar dentro de mim, deixo de ver o homem como um simples ser material e desperto para a Verdade de que “o homem é um ser espiritual”. Então, meus anseios pelas coisas materiais vão diminuindo gradativamente, meus pensamentos dirigem-se cada vez mais para as coisas espirituais, minha conduta passa a ser norteada pelo sentimento de “amor ao próximo” e, assim, a minha vida fica totalmente purificada.
A luz da Vida de Deus já começou a brilhar dentro de mim. Todo o meu ser está transbordante de força vital, estou livre da senilidade, das doenças e da fadiga, e pronto para trabalhar, com grande vigor, em prol do bem-estar de toda a humanidade.
É eterna a luz divina de Amor, da Sabedoria e da Vida. Quanto mais a fazemos resplandecer, e quanto mais a distribuímos entre nossos semelhantes, tanto mais aumentam o seu esplendor e a sua intensidade. Por isso, não sou parcimonioso em dar aos outros o meu amor, a minha sabedoria e a minha vida…
O homem é filho de Deus, é espírito. Ao compreendermos isto, passamos a sentir que “nós” e os “outros” somos um, e tornamo-nos capazes de trabalhar para o bem-estar de todos, superando completamente as idéias discriminatórias e as parcialidades do nosso ego. Quando nos dedicamos de corpo e alma ao bem-estar de todos, crescemos e produzimos bons frutos, assim como o grão de trigo germina, cresce e dá boa colheita quando se entrega inteiramente ao solo. Já despertei para a verdade de que “não sou um simples ser carnal”. Eu sou “um” e, ao mesmo tempo o “todo”, sou o “todo” e , ao mesmo tempo sou “um”. Dedicando-me inteiramente ao bem-estar de todos, sinto a alegria de estar manifestando plenamente a minha individualidade, e não sinto nisso a mínima incoerência.

…”