O reexame do “esforço”
“Diante de um gênio do esforço foi reexaminada a questão: “O esforço é necessário ao homem?”. O sr. X externou sua opinião, o esforço não é necessário, onde não há esse tipo de tensão chamada esforço é que existe o
“O que constitui a “causa” é vibração. É conhecida também como “carma”. Pensamentos, palavras e atos são três modalidades de vibrações. Por isso, no budismo diz-se que existem o “carma pensamentos”, o “carma das palavras” e o “carma dos atos”. Enquanto possuirmos estes “carmas”, que são as “causas” de acontecimentos negativos, estaremos portando doenças e infelicidades “em estado latente”, mesmo que aparentemente não estejamos doentes nem infelizes. Isto porque os carmas são como sementes plantadas, que cedo ou tarde brotam na superfície da terra e se desenvolvem. Algumas pessoas , ao ouvirem tal explicação, ficam com idéias obsessivas a repeito de “carma”, e deixam-se dominar por pensamentos sombrios tais como: “Não posso escapar a este meu triste destino porque, no passado, tive muitos pensamentos negativos”, “Ai” Estou fadado a ficar doente!” etc. Em suma, conhecem a “lei dos carmas” mas são tolhidas por essa lei.
Cada um de nós, seres humanos, está aqui na Terra após ter renascido dezenas ou centenas de vezes anteriormente. Portanto, é muito grande a quantidade de “causas” que temos acumulado ao longo de todas as nossas encarnações anteriores. Se partíssemos da premissa de que as “causas” não se apagarão enquanto não forem remidas uma por uma, chegaríamos, inevitavelmente, à conclusão e que é impossível eliminá-las todas em apenas uma encarnação de cinquenta anos.
A Seicho-No-Ie ensina como podemos superar isso: é penetrando no “mundo em que originariamente inexistem carmas”. Suponhamos que estejamos num lugar muito alto, como, por exemplo, o topo do Monte Fuji, de onde vemos as nuvens sempre abaixo de nossos pés. pode estar chovendo lá embaixo, mas, no topo do Monte Fuji, não tomamos uma gota de chuva. O mesmo acontece quando alcançamos o “mundo em que originariamente inexistem carmas”. O essencial é compreendermos que os carmas não são existências verdadeiras, isto é, não existem no “Mundo da Imagem Verdadeira”. Mas o que aconteceria se não admitíssemos de forma alguma a manifestação dos efeitos dos carmas e, considerando-nos acima de qualquer carma, acreditássemos que podemos agir como bem entendermos, até mesmo praticar maldades, sem sofrer consequência alguma? Certamente acabaríamos destruindo a nós mesmos. Portanto, a verdadeira religião é aquela que ensina a “lei do carma” e, ao mesmo tempo, indica o caminho para transcender os carmas.
O que faz a Seicho-No-Ie para possamos transcender os carmas? Orienta-nos no sentido de “despertarmos para a Verdade”. Em outras palavras, é passarmos a ter a profunda consciência de que cada indivíduo forma uma unidade com a Grande Vida (Deus), não possui pecado algum. Quando alcançamos essa conscientização de importância fundamental, ficamos livres dos pecados, mesmo ele existindo.
…”
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Referência bibliográfica
A Verdade da Vida, volume 29, pág 237, Masaharu Taniguchi
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