Não despreze a si mesmo

8 de julho de 2020

“A auto-análise é necessária, e quando, percebemos que a nossa mente está em “posição” ou “direção” errada, basta fazermos a correção necessária. Não precisamos, e nem devemos, auto-desprezar ou auto-recriminar por isso. Deus não gosta que desprezemos a nós mesmo, pois todos nós somos filhos de Deus e, assim sendo, desprezar a nós significa desprezar indiretamente a Deus.
Imagine que você possui um diamante maravilhoso, mas guarda ele em um lugar completamente escuro. Ali ele ficará sem nenhum brilho, como um simples pedregulho. Mas se você colocar num lugar claro, ele brilhará intensamente. Guardado num lugar escuro ou exposto à luz, o diamante continua sendo o mesmo, sem nenhuma alteração na sua qualidade ou no seu preço. Mas num lugar escuro ele não brilha, e isso é porque ali não é o lugar certo para ele poder mostrar o seu resplendor.
O mesmo pode-se dizer as pessoas. Se o caráter de uma pessoa não brilha, isto não quer dizer que ela é inferior aos outros, significa apenas que a “posição” ou “direção” da sua mente não está correta. É só corrigir esta “posição ou “direção”, e o caráter dessa pessoa brilhará.
Portanto, não despreze a si mesmo. Não se recrimine. Não se entregue à auto-compaixão, considerando-se inferior. Não despreze a sua “verdadeira natureza”. Conscientize-se de que você é filho de Deus. Mude a “direção” da sua mente, do ódio para o amor, do desejo de tomar para o desejo de dar, da ira para o pensamento pacífico, da ansiedade para a serenidade… basta isso para que o seu caráter passe a brilhar esplendorosamente, qual um diamante exposto à luz. Acredite firmemente “Eu sou um ser grandioso, pois sou filho de Deus!”
Talvez algumas pessoas receiem que esse tipo de convicção torne-as presunçosas. Mas isso jamais acontece. A presunção é a atitude daqueles que procuram parecer superiores aos outros, justamente porque se sentem incapazes. A sede de poder surge numa pessoa quando ela se sente oprimida pelos outros, e como reação, deseja tornar-se superior e dominar os outros. Ela se manifesta como consequência do desejo de “não perder”, e não como consequência da conscientização que “somos filho de Deus”. Quando temos essa conscientização de filho de Deus não sentimos necessidade alguma de oprimir ou humilhar os outros.
Mentaliza constantemente: “Eu sou filho de Deus”. Assim, surgirá uma força infinita dentro de você. Por que algumas pessoas deixam de manifestar essa força infinita encontrada através da conscientização “eu sou filho de Deus”, enquanto que outras continuam manifestando-a incessantemente? É que aquelas que usam essa força para objetivo egoísticos, procurando aproveitá-la apenas para benefício próprio, enquanto que estas a usam para ajudar grande número de pessoas.
…”

Referência bibliográfica
O livro dos jovens,  pág. 167, Masaharu Taniguchi

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