“Lei mental”, segundo os ensinamento da Seicho-No-Ie

1 de julho de 2020

“Na Seicho-No-Ie fala-se muito em “lei mental”. O que é “lei mental”? É a lei segundo a qual “tudo aquilo que se pensa infalivelmente acaba por manifestar concretamente”. Tudo o que pensamos transforma-se naquilo, segundo o Budismo, é chamada de “causa” da lei da causalidade, e vai se acumulando em algum lugar. No momento em que a “causa” encontra a “condição oportuna”, ela se manifesta concretamente. Assim que se manifesta concretamente, a “causa” se extingue.
Os pensamentos, que formam as “causas” de acontecimentos futuros, são como o vapor de água que sobe para a atmosfera diariamente. Assim como o vapor de água sobe e se acumula na atmosfera nos dias ensolarados, as “causas” de acontecimentos futuros vão se formando e se acumulando no mundo mental, no nosso dia-a-dia aparentemente calmo. Olhando para a atmosfera transparente e para o céu azul, não percebemos que o vapor de água está subindo e se acumulando. Da mesma forma, não percebemos que os nossos medos e raivas estão se acumulando no mundo mental.
O que acontece com o vapor de água que se acumula e fica em suspensão na atmosfera durante muitos dias? Na fase seguinte, ele se precipita como chuva torrencial. A chuva começa a ocorrer bem antes, quando nos dias ensolarados o vapor de água sobe e se acumula na atmosfera. Quando o vapor de água acumula na atmosfera encontra a “condição oportuna”, ele se condensa e se precipita sob a forma de chuva. Quanto digo que a atitude mental é a verdadeira causa de toda doença, algumas pessoas contestam, dizendo: “Sou nervoso e quase sempre fico zangado, mas raramente adoeço”. Isto é comparável ao fato de às vezes, o tempo manter-se firme e não cair nem uma gota de chuva, apesar de a evaporação da água continuar ocorrendo durantes dias, meses ou até mais. Se não chove, é porque a “causa” ainda não encontrou a “condição oportuna”. Quando a “causa” encontrar a “condição oportuna”, começará a chover imediatamente. O mesmo acontece conosco. Se vivemos constantemente zangados ou atemorizados, essa cólera ou esse medo vai se acumulando no mundo da mente, como “causa dos acontecimentos futuros”. Mais dias, menos dia, essas “causas” entram em contato com as “condições oportunas” para elas, e então manifestam-se como “efeitos” sob a forma de doenças como, por exemplo, diabete, esgotamento nervoso, câncer gástrico, tuberculose, etc.
A chuva que cai  hoje não é obrigatoriamente formada somente pela evaporação de água ocorrida hoje ou ontem. Da mesma forma, a doença manifestada agora nem sempre é consequência de pensamentos negativos bem recentes.

…”

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Referência bibliográfica
A Verdade da Vida, volume 29, pág 232, Masaharu Taniguchi

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