Fazer o bem a nós mesmos

27 de junho de 2020

“Segundo a nossa doutrina, a base moral está em “fazer o bem a nós mesmos”. Se não nos importássemos com nós mesmos, se não nos impostássemos em melhorar a nós próprios, não encontraríamos sentido algum em praticar boas ações. O que constitui o nosso “eu’ é a nossa “mente”. E a “mente” é a fonte produtora de uma espécie de ondas vibratórias, ou seja, vibrações mentais. A mente emite vibrações mentais, assim como instrumentos musicais emitem sons. Enquanto vivemos, a nossa mente emite vibrações mentais incessantemente. A essas vibrações mentais damos o nome de “pensamento”. O maior bem que fazemos a nós mesmos consiste em tornar puras, sublimes e harmônicas essas “ondas de pensamento”.
Por mais que as pessoas ostentem belas roupas, maquilagem, não poderão dar boa impressão aos outros se a atmosfera delas forem impuras e desagradáveis. Por isso, em primeiro lugar, devemos aprimorar a nossa mente para que ela “entoe músicas sublimes”. Devemos zelar mais pela beleza interna do que pelos ornamentos externos. Somente quando a “música da vibração mental” entoada dentro de nós for uma música harmônica e agradável, poderemos causar realmente uma boa impressão aos outros. Precisamos emitir constantemente uma atmosfera agradável e nunca abrigar sentimentos desagradáveis em nossos corações.
O que os outros sentem a nosso respeito é o mesmo que sentimos em relação a nós próprios. A causa de tudo está dentro de nós mesmos!
Agora diga-me: será que, no decorrer de um dia, você não deixa levar, por diversas vezes, pelo sentimento de ódio, ira ou aborrecimento contra outros? Caso afirmativo, quem está sendo mais prejudicado com isso é você mesmo. Quanto mais zangarmos, odiarmos, caluniarmos, ou censurarmos os outros, mais “imperfeitas” se tornarão as nossas vibrações espirituais e mais acentuadas se tornarão as nossas tendências da mente. A nossa alma ficará maculada, e os outros não terão bons pensamentos a nosso respeito.
Será que uma pessoa incapaz de amar a si própria consegue amar os outros? É evidente que não! Podemos dizer então que toda doutrina moral deve basear-se no princípio “Amar é dar valor a nós mesmos”.
As pessoas conseguem ser verdadeiramente bondosas para com os outros somente quando conscientizam a importância de amar a si próprias e ser boas com elas mesmas.  Se não soubermos o que é amar a nós mesmos, também não saberemos o que vem a ser amar os outros. Consequentemente, mesmo que tenhamos a intenção de fazer o bem aos outros, os nossos atos poderão resultar em prejuízo em vez de beneficiar as outras pessoas. 
Eu sempre dou o seguinte conselho às pessoas que costumam se aborrecer com os outros: “Cuide bem de você mesmo”. O que mais nos prejudica é imprimir na nossa mente “feias rugas”. Seja o que for, Quando adquirido “profundas rugas”, é muito difícil voltar a ser liso como no princípio. Um tecido no qual foram imprimidas rugas muito acentuadas, custa a ficar liso como antes.
Portanto caro leitor, doravante vamos cuidar bem de nós mesmos. Se não somos capazes disso, devemos dizer que a base de nossa vida moral está abalada. Por isso, é muito importante analisarmo-nos constantemente e refletirmos se estamos nos tratando bem, se estamos sendo bons para nós.  Aqueles que querem ser benquistos devem esforçar-se no sentido de fazer com que a sua mente adquira “boas rugas”, ou seja, bons hábitos.

…”

Referência bibliográfica
A Verdade da Vida, volume 29, pág 155, Masaharu Taniguchi

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