O reexame do “esforço”
“Diante de um gênio do esforço foi reexaminada a questão: “O esforço é necessário ao homem?”. O sr. X externou sua opinião, o esforço não é necessário, onde não há esse tipo de tensão chamada esforço é que existe o
“A força de crescimento da criança é a força da Vida. A força da Vida vem de Deus, e por isso a criança melhora infalivelmente quando não há fatores que tolhem sua liberdade inata. A Vida desenvolve-se vigorosamente quando lhe é proporcionada plena liberdade para se manifestar. Havendo tolhimento, ocorre o sentimento de revolta. Conheço muitos casos de crianças e adolescentes que se tornaram revoltados e passaram a detestar os estudos porque seus pais viviam forçando-os a estudar muito para poderem orgulhar-se do bom desempenho escolar do filho. Mesmo nos casos em que os pais não usam palavras severas para obrigar o filho a estudar e aparentemente o deixam à vontade, se eles estão por demais preocupados com seu desempenho escolar devido a isso emitem vibrações mentais que lhe causam tolhimento, o resultado é negativo: o filho se rebela contra esse “tolhimento mental” e, como manifestação inconsciente da sua revolta, passa a detestar os estudos. Sempre que se senta à mesa de estudo, ele experimenta uma desagradável sensação de desconforto, fica deprimido e entediado, e acaba escapulindo em busca de divertimento. Mas quando os pais compreendem que na verdade toda criança gosta de estudar porque é filho de Deus, e deixam de emitir vibrações mentais que forçam o filho a estudar, este passa a se empenhar espontaneamente nos estudos.
Muitos pais vivem ansiosos para fazer com que seu filho tenha um comportamento impecável aos olhos de seus amigos e vizinhos. O prof. Neil cita o seguinte caso. Há uma criança problemática, de sete anos de idade. A mãe dele é uma pessoa que se preocupa demais em manter uma boa imagem perante a sociedade. Como resultado disso o filho tornou-se uma criança malcriada, que demonstra um interesse anormal pelas matérias fecais e se diverte sujando propositalmente suas roupas de baixo. Essa reação é perfeitamente explicável: agindo assim, o filho está demonstrando sua revolta contra o rígido senso da mãe. O ego da mãe fica envergonhado com a má-criação do filho. E este, embora inconscientemente, está castigando a mãe com aquele ato de rebeldia.
Permito-me acrescentar, aqui, uma observação: a revolta da criança não foi propriamente contra o “rígido senso de escrúpulo” de sua mãe. O fato de uma pessoa ser extremamente escrupulosa, por si só, não cria problemas enquanto não atinge os outros. Mas, a partir do momento em que passa a tolher a liberdade dos outros, torna-se um problema. Assim, quando o rígido senso de escrúpulo da mãe restringe a liberdade do filho ao ponto de causar-lhe uma sensação de total tolhimento, ele se revolta contra isso e passa a praticar, propositadamente, atos de grosseria que incomodam sua mãe.
Portanto, procure despertar as qualidades latentes, dirija-lhes carinhosas e entusiásticas palavras de louvor, tais como: “Você é filho de Deus. Portanto você é bom, sadio e inteligente.”. Isso é ajudar a criança a exteriorizar sua natureza divina. O método educacional que surte melhor efeito com maior rapidez é aquele que liberta a criança das “cordas mentais” e ao mesmo tempo estimula a manifestação de sua natureza divina.
…”
Referência bibliográfica
A Verdade da Vida, volume 25, pág 100, Masaharu Taniguchi
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